Textos Natália
Natália Grapéia
Dia Internacional da Mulher
– muito o que comemorar e muito mais a conquistar.
A
intenção de celebrar o dia da mulher surgiu no início do século XX nos Estados
Unidos e na Europa, quando as mulheres reivindicavam por melhores condições de
vida, trabalho, por direito ao voto, ao divórcio e ao estudo. Em 1975 a ONU
determinou que o Dia Internacional da Mulher seria comemorado em 08 de março,
tendo como objetivo celebrar e lembrar todas as conquistas sociais, políticas e
econômicas das mulheres.
Com o passar do tempo outras
reivindicações aconteceram: no fim da década de 1960 aconteceu a liberação
sexual. No fim dos anos 70 começou a ser construída a luta de caráter sindical.
Em 1932 o direito ao voto foi estabelecido pela Constituição Federal. Em 1985
foi criado o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), subordinada ao
Ministério da Justiça, com o objetivo de eliminar a discriminação e aumentar a
participação feminina nas atividades políticas, econômicas e culturais. Surge
também a primeira delegacia de atendimento especializado à mulher.
O tempo passou e o papel da
mulher na sociedade se modificou muito. Ela é mulher, mãe, esposa,
profissional, estudante, dona de casa, motorista, educadora, conciliadora,
entre tantos outros papéis. Mulher com força de vontade e perseverança, sensibilidade
e uma forma ímpar de se doar.
Com todas essas conquistas,
vieram mais responsabilidades e cobranças. Muitas mulheres têm o apoio dos
parceiros e familiares na divisão de tarefas, mas para a grande maioria a
realidade é diferente. Toda essa sobrecarga causa impactos internos e externos,
podendo contribuir com o desenvolvimento de transtornos como a depressão e a
ansiedade. Por isso, se faz importante a manutenção da saúde mental e emocional
e a preservação da qualidade de vida da mulher.
A identificação dos sintomas
é muito importante para que o tratamento adequado seja inicializado o quanto
antes, minimizando, assim, as alterações causadas por esses transtornos. O
atendimento psicológico pode ajudar, facilitando a tomada de consciência e
auxiliando no entendimento das raízes e consequências do problema. É muito
importante que ocorra a identificação das possíveis causas e o reconhecimento
dos comportamentos e emoções que trazem dificuldade para a vida de cada uma.
Que nesse dia tão importante
paremos para discutir os preconceitos na ocupação dentro de empresas, as
diferenças salariais, as discriminações sofridas diariamente, a violência
psicológica, moral e sexual sofridas. Que esse seja um dia para nos dedicarmos
à saúde mental e ao bem-estar de todas nós mulheres.
Um Feliz dia Mulher para
todas nós, que mesmo com nossas lutas diárias não deixamos de ser flor,
espalhando beleza por onde passamos.
Inteligência
Emocional na Infância
Sentimentos
são muito importantes em nossas vidas, pois auxiliam no processo de adaptação a
um ambiente novo, nas relações sociais e na forma que reagimos a um determinado
acontecimento.
Da
mesma maneira que nós adultos experimentamos diversas emoções diariamente, isso
também acontece com as crianças, que muitas vezes reagem de maneira
inapropriada. Algumas gritam, ficam agitadas, choram, ficam agressivas, por não
saberem identificar o que estão sentindo e não saberem como resolver.
Na
primeira fase da vida ocorre a construção do vínculo e assim a criança vai
explorando sentimentos, reagindo e imitando reações. Os pais tem um papel valioso
na aprendizagem da inteligência emocional dos filhos, já que a maioria das
ações ligadas à sentimentos, se aprende através da observação. Uma criança que
vivencia os pais sendo agressivos frente a uma situação frustrante, vai
aprender que a forma correta de reagir a situações parecidas é com
agressividade. Por isso, é importante que os pais também desenvolvam a sua
inteligência emocional, uma vez que servirão de espelho, não somente na parte
verbal, mas também com ações.
Ensinar
para a criança sobre emoções, ajudar a nomeá-las e a entende-las é importante e
faz parte do processo de desenvolvimento saudável. É preciso estimular a
criança para que fale a respeito de seus sentimentos, ensinando novas maneiras
de expressá-los, ao invés de julgá-la ou repreende-la. É comum observais pais
que, para protegerem seus filhos de vivenciar situações emocionais mais intensas,
determinam o que eles estão sentindo e tentam resolver, não permitindo que
essas descobertas sejam feitas pela criança.
É
importante que os pais reconheçam as tentativas dos filhos de melhorarem e
lidarem com os próprios sentimentos, apoiando todo o processo, incluindo os fracassos.
Isso fará com que a criança se sinta motivada e acolhida, fazendo com que ela
continue tentando lidar melhor com as emoções, auxiliando no desenvolvimento da
inteligência emocional.
Quando a criança
consegue reconhecer e nomear as emoções, ela se comunica de uma forma mais
objetiva, conseguindo escolher a melhor estratégia para resolver os conflitos.
Isso gera autoconhecimento, melhora da autoestima, resultando, assim, em ganho
nas relações interpessoais.
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